As Famílias dos Elementos

 

Na tabela periódica cada linha vertical corresponde a uma família.

A classificação das famílias segue regras diferentes em função do órgão científico que a determina. Há 2 órgãos oficiais reconhecidos mundialmente: Chemical Abstracts Service Group e a IUPAC.

 

 

Classificação do Chemical Abstract Service Group baseada na configuração eletrônica dos elementos no estado fundamental

 

A classificação por esse órgão foi usada oficialmente até 1986 e permanece até hoje por força de costume.

As famílias estão divididas em 2 grupos principais, A e B, sendo:

 

1o) Grupo A: Famílias de IA até VIIIA, elementos representativos.

2o) Grupo B: Famílias de IB até VIIIB, elementos em transição.

 

A respeito dessa classificação, é importante ressaltar que:

 

  1. A família VIII corresponde a 3 colunas da tabela periódica, e as demais famílias correspondem a apenas 1 coluna, o que dá um total de 16 famílias na tabela periódica.
  2. Alguns autores consideram todos os elementos de transição interna, lantanídios e actinídios, pertencentes à família IIIB, respectivamente no 6o e no 7o período. Essa consideração não destaca a distribuição eletrônica dos elementos no diagrama de Linus Pauling, mas põe em conta o fato desses elementos possuírem propriedades bastante semelhantes.
  3. O número das famílias deve ser escrito em romano.
  1. Elementos das famílias A, IB e IIB
  2.  

    O número da família é igual ao número de elétrons que o elemento possui na sua camada de valência.

     

    Exemplos:

    Família VIA, 6 elétrons na camada de valência:

    O8 - 1s2/2s2 2p4

     

    Família IIB, 2 elétrons na camada e valência:

    Zn - 1s2/2s2 2p6/3s2 3p6 3a10/4s2

     

  3. Elementos das famílias IIIB até VIIB e família VIII (1a coluna)
  4.  

    O número da família é igual a soma dos elétrons do subnível mais energético com os elétrons da camada de valência.

    Exemplo:

    Mn - 1s2/2s2 2p6/3s2 3p6 3a5/4s2

    25

    5+2 = 7, família VIIB

     

  5. Elementos da família VIII (2a e 13a colunas)

 

Não existe relação entre o número de elétrons dos elementos e o número da família que eles ocupam.

 

A atual classificação da IUPAC

 

 

A proposta atual, 1985, é a seguinte: as famílias são numeradas de 1 a 18, com números arábicos, da esquerda para a direita, como vemos a seguir.

 

Essa numeração de 1 à 18 foi feita com base na configuração eletrônica dos elementos de cada família. O resultado independe de se trabalhar com a configuração eletrônica de Linus Pauling ou com a real.

 

  1. Elementos das famílias 1 e 2:
  2.  

    O número da família é igual ao número de elétrons da camada de valência desses elementos. São todos elementos representativos, com o elétron mais energético em subnível 5.

    Exemplo: 11Na - 1s2/2s2 2p6/3s1

     

    s elétron na camada de valência 1

     

  3. Elementos das famílias de 13 até 18:

 

O número da família é igual à soma do número de elétrons da camada de valência desses elementos com o número 10, que indica um subnível a totalmente preenchido no nível (n-1) a partir do 4o período.

São elementos representativos, com o elétron mais energético em subnível p. Exceção: Hélio (2=2)

Exemplos:

5B - 1s2/2s2 2p1

2 + 1 + 10 = 13 - família 13

 

35Br - 1s2/2s2 2p6/3s2 3p6 3d10/4s2 4p5

2 + 5 + 10 = 17 - família 17

 

Observação:

As famílias dos elementos representativos da tabela periódica possuem um nome próprio adotando nova proposta da IUPAC para designa-los teremos:

 

  1. Elementos das famílias 3 até 12:

 

O número da família é igual à soma dos elétrons do subnível mais energético com os elétrons da camada de valência.

Observar que, segundo o diagrama de Linus Pauling (essa nova proposta não depende da distribuição geral), todos os elementos dessas famílias possuem 2 elétrons na camada de valência.

Exemplo: 27Co - 1s2 2p6/3s2 3p6 3d7/4s2

2 + 7 = 9 - Família 9

 

Quanto aos elementos de transição interna, lantanídios e actinídios, serão sempre considerados à parte, enquanto trabalharmos com a forma compacta da tabela periódica, mesmo porque, com algumas poucas execuções, esses elementos quase não são estudados no 2o grau.

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Conclusão